terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Teor

(Os Bêbados ou Festejando o S. Martinho 1907, óleo sobre tela
150 x 200 cm Museu José Malhoa Caldas da Rainha, Portugal)



para William Teca

(sexo, drogas e outras fuligens)

os copos vão pela mesa
do bar a revolta na última calabresa,
solitária, proletária, ou rima otária,
tanto faz, sempre volta.

(comanda, cartão e outras condições)

o amor se desfaz pelo número do sapato,
a envergadura do porta-copo
como um relicário.
por que improvisar? um erro é um erro,
dois desejos, uma banda de jazz!

ensejos:
aqui, aquele outro sem espaço,
ali, aquela noutra reação.
- talvez seja lá o talvez do haverá!

(não está no bar
e não estará natural,
se não se souber escolher
as uvas de seu vinho
e a destilaria do destino
em uma única garrafa).

Um comentário: